Empreendedor de Startup de Sucesso



Sucesso é uma palavra complicada. Sucesso é subjetivo e pessoal. Combinar "Sucesso" com "Startup" é quase que "chamar para a briga". Foi o que fizemos!

 

Quando se fala em startup, cada um imagina uma coisa diferente. Uns pensam nos unicórnios, as empresas que valem USD1 bi e se lembram da 99 Taxi, considerado o primeiro unicórnio brasileiro. Outros pensam no sobrinho sonhador, começando a empreender.

 

Quando eu penso em uma startup, eu penso em uma empresa nova. Nova porque foi recém fundada (e recém pode ser até 2 anos, até 5 anos, ou ainda mais dependendo da indústria) e nova porque seu conceito é novo. Por empresa nova, entenda-se que não tem track-record e não tem benchmark.

 

The term startup designates a human institution to create new products and services as conditions of uncertainty (Ries, 2012) and is linked to scalable service models (capacity to increase and increase proportionality) intensive and profitable (Blank & Dorf, 2012).

 

Mas a empresa não fica sem track-record para sempre - em algum momento o "record" começa a "track". É claro que eu concordo que cada decisão é importante e o track-record começa no t=0, mas para sermos um pouco mais rigorosos, especialmente se impusermos algum viés de finanças, consideramos que o jogo começa mesmo quando a startup faz a sua primeira venda. Antes disso é pré-jogo, ou treino. A primeira venda é um dos maiores marcos da empresa porque requer que duas condições sejam atendidas: i) a startup tem um produto/serviço para vender (o que nem sempre é verdade) e ii) algum louco, além dos malucos dos empreendedores, acreditou na Startup e aceitou pagar pelo seu produto/serviço.

 

O outro fator que consideramos foi sobreviver 3 anos - outro grande feito. Apenas 58% das novas empresas no Brasil estavam ativas depois do segundo aniversário, índice provavelmente pior para startups.

 

E assim nasceu a nossa definição de sucesso de empreendedor de startup: i) sobreviver 3 anos, e fazer uma venda neste período. Simples, objetivo, mensurável e imperfeito - eu sei.

 

In Brazil, only 58% of the companies survived its second anniversary (IBGE, 2014). Within the companies that failed, there were many promising startups. Startups are new players in the market place, with no track-record (Hannan and Freeman, 1984; Morse et al., 2007; Shepherd et al., 2000) or benchmarks for performance. Surviving is already an achievement given that most startups are expected to fail. Several of them even received external funding from believing savvy investors. Surviving is required but is not enough. How do you define success for companies that have no benchmark? Success of a startup is subjective and will depend on the founders’ characteristics and other factors.

 

Our objective is to identify the founders’ characteristics of Brazilian startups that survived at least three years and made a sale in this period. A startup’s first sale is not enough to indicate chances of survival, but it is an important milestone because it involves two unquestionable and measurable achievements: the startup had something to sell and another independent third party believed on the startup enough to acquire its product or service. The first sale debuts the startup in the market and starts the record tracking. It still has no benchmark for performance, hence survival is still questionable. As a secondary objective, we aim at assessing if incubators or accelerators of startups are picking winners or building them.

 

Perguntamos para mais de 400 empreendedores de startup brasileiras para menos de 100 responderem quais são as suas características empreendedoras. Tentamos descobrir o que os empreendedores de sucesso tem de diferente dos demais empreendedores. Não conseguimos descobrir pois nossos testes estatísticos se provaram insignificantes - a amostra é muito pequena. Mas temos alguma ideia...

 

O universo de dados que coletamos sobre o empreendedor de startup no Brasil é muito rico, e todo este trabalho gerou um artigo acadêmico que foi aceito, publicado e apresentado na SEMEAD XXI na FEA/USP. Estamos muito orgulhosos... O vídeo de 2 min ilustra nossa apresentação. Clique e assista aqui.

 

Descobrimos que os empreendedores de startup brasileiras foram e estão sendo bombardeados de pesquisas, da academia, de consultores, de prestadores de serviços, de investidores - eles não aguentam mais!!

 

Registro aqui os meus mais sinceros agradecimentos àqueles que toparam investir 11 minutos para responder a nossa pesquisa - foram os 11 minutos mais chatos do seu dia naquele dia, mas fizemos muito bom uso dele. Estamos extremamente gratos. Agradecemos também aos professores e orientadores BERNADETE DE LOURDES MARINHO e JOSÉ ROBERTO FERREIRA SAVOIA.

 

O artigo completo está disponível nos anais da conferência, mas se preferir, deixe seu email nos comentários abaixo que eu o mandarei pessoalmente para você.

 

José Securato é CFO do digio, trabalha em investment banking, fusões & aquisições, valuation e capital raising desde 1998 e fundou a Saint Paul Advisors em 2013.

 

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